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30 de Março de 1813

  • Foto do escritor: Morgana Oss Argenta
    Morgana Oss Argenta
  • 1 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

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Londres, nossa amada cidade que aspira desde seu nascimento ser o centro do mundo, vive uma semana tranquila, algo pouco comum é fato, para os londrinos. Mas existem certos momentos na vida das pessoas, caras leitoras, que é necessário um pouco de calmaria em meio às loucuras da vida da nobreza.


Me permitirei, nessa edição, começar com os assuntos mais suaves e que, ainda que adoremos uma boa fofoca e escândalo, são o que no fim do dia todos queremos: um final de contos de fada.


Por isso devo iniciar pontuando que as casas Lawson, Windsor e Wentworth, lares de três jovens, uma já nem tanto, estão completamente exultantes já que suas damas foram agraciadas com o tão esperado pedido de casamento. Lady Evangeline Lawson encontrou as graças do amor, mesmo depois de um comportamento tão reprovável e que lhe rendeu uma sombra espessa sobre sua reputação, já que o Sr. Nathaniel Miracle declarou publicamente seu desejo de se juntar a ela até o fim de seus dias sobre a terra. O anúncio do noivado foi feito primeiramente na festa de aniversário do cavalheiro, que ocorreu nesse fim de semana, uma evento luxuoso e digno das mais nobres casas.


Os dois próximos felizes casais, já tinham seus pedidos esperados visto que tanto o Sr. Crawford, não o devasso, e o Sr. Talbot estavam formalmente cortejando Lady Eleanor e Lady Melisse respectivamente. Duas alianças extremamente vantajosas para as família dos envolvidos já que futura Marquesa de Hopetoun terá apenas uma duquesa a sua frente quando for visitar a rainha e a futura Viscondessa de Talbot manterá sua posição na fila do almoço.


Há quem diga, porém e eu devo acreditar visto que a névoa do romantismo ainda paira sobre essa cidade, que os casamentos se realizarão motivados não somente pela dança dos títulos, mas sim pela bela balada do amor. Em uma sociedade em que temos maridos infiéis tão descaradamente, esperamos que o Marquês e o Visconde encontrem somente em suas esposas motivos para se divertirem. Nem todas têm a mesma sorte que Mariette Wentworth que tem o marido nas mãos.


Uma bela amizade também se formou em dias tão sombrios. O Sr. Hector Sallow proporcionou um belo passei por Londres a jovem e bela viúva Lady Aine Mackenzie e a agora futura marquesa Lady Eleanor Wentworth. Soube que os três estiveram juntos durante o atentado ao palácio. Certamente situações de vida e morte criam laços profundos.


Por fim, nem só de alegrias vive nossa semana. Uma protagonista desse folhetim retorna com mais um momento de infortúnio. A Sra. Brook Grey, aparentemente não suportou notícias de semana passada sobre a infidelidade de seu marido o Sr Grey e decidiu voltar para a casa de sua família. Nesse caso, ninguém pode culpá-la, já que o cavalheiro dificilmente tem se portado como um. Mas devemos perguntar, queridas leitoras, o quão dono de sua própria casa é o Sr. Grey e ainda houveram atitudes muito mais depravadas e piores nesse folhetim e mesmo assim as damas não sucumbiram às fofocas. Seria a jovem Sra Grey tão sensível aos assuntos matrimoniais?


Muito suspeitamente um médico foi chamado para cuidar da jovem senhora que estava grávida, aparentemente ela entrou em trabalho de parto, mesmo recém tendo passado da metade da gestação. Teria a raiva dessa esposa se voltado contra si mesma? Nunca saberemos. Pois com pesar que encontramos a informação de que a família Grey se encontra enlutada pela morte de sua primeira filha. Ela nasceu prematura e não conseguiu sobreviver.


A perda de um filho é algo doloroso e nem aos mais vil dos seres é algo a ser desejado. Esperamos que o Senhor conforte esse casal e que encontrem um no outro o conforto que, aproveitando que o ar está composto dele, só o amor pode dar.


 
 
 

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